Você vai morrer.

Você vai morrer.

Nós não queremos pensar sobre isso, mas um dia deixaremos esse mundo, e a grande verdade é que, independente de tudo que achamos que sabemos, de tudo que a religião ensina, que a ciência nos traz, tudo que a filosofia busca compreender, e de tudo que tentamos acreditar para nos confortar, não temos nenhuma garantia de absolutamente nada após a vida nesse mundo.

Você vai morrer. Pode ser hoje, amanhã, daqui um ano, um mês, uma década, o fato é que vai.

E então, o que há para se preocupar?

Aquela mágoa que você guarda de alguém que te fez algum mal. Aquela pessoa que você insiste em conviver para preencher protocolos sociais. Aquele relacionamento que te faz mal, mas que você mantém mesmo assim. Aquele trabalho que não tem sentido algum. Aquele bem que você adquire para se sentir importante e aceito. Aquele estudo que alguém falou que era necessário para você ser alguém nessa vida. Aquela religião que você frequenta e que tenta te fazer acreditar que você deve ser isso ou aquilo, ou Deus te castigará.

Você vai morrer. E se você soubesse quando? Quanta coisa deixaria de fazer sentido, de quantas coisas você abriria mão em prol da sua paz interior?

Tenho passado por profundas mudanças na forma de ver a vida. Essas mudanças não me fazem melhor ou pior, afinal, o melhor ou pior é algo que alguém disse que é. Os parâmetros são externos. Foram ensinados, moldados.

Tentar buscar um sentido para vida é um movimento natural dos seres humanos, pelo menos a grande maioria. Existe uma inquietude em nós.  Em cada coisa que acontece, tendemos logo a querer dar um sentido, e muitas vezes, o sofrimento, a dor, a doença, a morte de pessoas queridas, nos leva logo para esse modelo de procurar um sentido. Isso ou aquilo sempre tem que ter um porque, e quando não encontramos, nos angustiamos.

A vida aqui é feita de tudo, alegrias, tristezas, abundância, escassez, saúde, doença…

 A vida aqui é feita de contrastes, e é assim que é. Cada um de nós aqui neste mundo passará por isso em algum momento da vida. O que cabe a cada um é buscar a paz em si mesmo para que a cada acontecimento da vida, não nos adentremos num abismo, ou não nos apressemos logo em querer dar um sentido para que fujamos de tudo aquilo que nos inquieta. Não temos todas as respostas. Ninguém tem. A ciência, a arte, a religião, a filosofia, nada e ninguém as tem.  Somo apenas um pontinho diante de universo sem fim e repleto de mistérios.

O amanhã é incerto, e as certezas absolutas caem por terra quando nos deparamos com situações que nos mostram que não conhecemos nada. Não sabemos de nada.

A única certeza que temos é a de que um dia partiremos desse mundo. Sendo assim, repense sua vida. O que realmente vale a pena?

Silencie e busque suas respostas.

Beijos e até a próxima!